quarta-feira, 13 de abril de 2011

Mesmo que eu fosse apreciador dos bons restaurantes, não me imagino visitando a cozinha deles. Quando vou tirar sangue, não olho para a enfermeira, muito menos para a agulha. O que acontece sob o capô de um  carro é um completo mistério para mim, beira a magia. Deve ser diferente para quem não está familiarizado com o processo de criação ver rascunhos, sementes de músicas que frutificaram longe de onde foram plantadas. há um oceano na minha cabeça. As músicas, livros, desenhos, gritos, sussurros e silêncios são apenas as ondas que chegam à praia. E as ondas voltam. Sempre. Nunca iguais. Deve ser o que chamam “ponta do iceberg”. Talvez, depois de 15 anos, o resto do iceberg fique mais visível. Talvez não. Há quem diga que a função das palavras é esconder o que sentimos. Eu não digo.

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