sábado, 10 de novembro de 2012

Carta para Manuela

    Oi Manu, e chamo Juninho e vou ser seu irmão mais velho dentro de um mês, eu não sou muito legal, mas prometo te proteger sempre e te buscar na escola de vez em quando. Ah tem o Gustavo, ele vai ser o nosso irmão do meio, ele também é legal, e vocês provavelmente vão se dar bem, não brigue com ele, não muito.. ele tem um temperamento meio explosivo, fica bravo toda hora, as vezes é engraçado e ele só precisa de um abraço. Nossos pais já vão estar separados quando tu nascer, mas isso não significa que eles não tem amam, nosso pai ele é bem legal, é o melhor pai do Mundo. Ele sabe fazer muita e sabe de muita coisa, sério é incrível. Ele é igual ao Gustavo se irrita fácil, mas também só precisa de um abraço as vezes, tu vai aprender que abraços ajudam muita nas coisas. Nossa mãe é bem fora das idéias, ela ri o tempo todo e gosta de Jota Quest, tem um coração mole e mais de mil amigos. Ela gosta de sair e de ouvir musica alta, acho que ela parou de crescer nos 17. Só um palpite, ela também vai brigar demais contigo se tu entrar com os tênis sujo em casa, eu sei disso porque eu e o Gustavo já levamos muitas broncas por causa disso.
     Manu tem também nossos avós que tu vai amar, a vó é demais, ela tem os momentos estranhos, mas é uma vó muito querida. Nosso avô ele é simplesmente magnifico. Ele nunca fica bravo por nada, e vai ser te contar piadas totalmente sem graça pra te ver sorrir, sempre ria das piadas dele, mesmo que não fiquem mais tão engraçadas com o passar dos anos, ele sempre faz isso pra te fazer sorrir. Quando tu for dormir na casa deles, o nosso avô vai deitar na cama contigo e contar histórias engraçadas pra tu dormir, e não vai sair de lá até que tu tenha pegado no sono, por isso não é preciso ter medo do escuro quando se estiver lá. O resto dos nossos parentes mais próximos tu vai conhecer por ti mesma, são uma caixinha de surpresa e valem cada risada ao lado deles.
    Manu, aprenda que desde de cedo um sorriso e um abraço abre muitas portas, e que ficar triste pelas coisas não resolvem elas, nunca minta para a nossa mãe, ela tem uma espécie de super poder para descobrir  quando estamos mentindo, ou eu e o Gustavo somos uns péssimos mentirosos. Mas de qualquer jeito Manu, não minta. Aprenda também que não se deve machucar as pessoas, elas sentem igual tu, e ficam tristes também, e um conselho de coração nunca atrapalha ninguém, faça amigos isso é importante. Não beba e nem fume, isso não é uma coisa legal. Não tenha preconceitos, somos todos iguais, os olhos mentem. Não é porque tu vê diferenças que elas realmente existam. Ouça boas musicas e entenda o que elas querem dizer, leia bons livros e leve sempre algo disso para tua vida Manu. Não se apegue a lugares nem a coisas que não se pode guardar no coração, não feche os olhos quando estiver com medo e tenha sempre um motivo para seguir em frente. Talvez você não entenda tudo isso agora, mas conforme vai crescendo vai ver que tudo isso é verdade.
    Manu, aproveite bem a vida, ela é unica e incrível. Se apaixone por alguém que te ame igualmente ou mais. E se tem duas coisas na vida das quais você não escapa são os almoços de domingo na casa da vó e o apelido de Manu.


Eu te amo, Juninho..

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Não fico mais triste comigo mesmo.

Hoje choveu e fez calor, foi um dia agradável, eu não fiz muitas coisas que mudassem drasticamente o rumo da minha vida, a não ser que uma pequena parada em um posto de gasolina para comprar café mude a minha vida, o resto foi normal. Doces sonhos são feitos disso, de dias normais, os dias normais são incríveis aos olhos mais simples, talvez você não encontre o amor da sua vida, ou você encontre alguém que acha que é o amor da sua vida, é tudo acaso meus amigos, não existe isso de destino, sorte ou qualquer outra coisa, a vida é feita inteiramente de acasos, se isso é bom ou ruim não da pra saber, tem acasos bonitos e outros nem tantos. Não existe um padrão, e isso me incomoda, amante de padrões que sou, odeio mudanças e coisas que não consigo prever. Me assustam mais do que o normal, não gosto de ter duvidas sobre qualquer coisa em minha vida. Será que consigo? será que vai dar certo? será que é amor? será? será? Desde que eu me lembro eu ficava mais triste comigo mesmo do que com os outros, eu acha que o problema era comigo, que eu estava errado em ser de um jeito onde ninguém entenderia uma só palavra do que eu falasse, nunca conheci uma pessoa que se sentisse tão desconfortável em tantos lugares como eu. Odiava multidões, odiava festas, pessoas, musica alta, conversas e risadas altas que atrapalhassem meus pensamentos, eu conversava comigo mesmo contando coisas que ninguém nunca poderia saber. Não que fossem segredos mortais guardados a sete chaves em uma piramide cercada de armadilha, era mais simples e mais complicado que isso. Eram só coisas que eu não gostava de contar, quando perguntam coisas sobre mim eu falo, meu sabor de sorvete favorito, minha cor favorita, qual desenho eu mais gosto, e qual meus livros e filmes favoritos. Isso não tem problema as pessoas saberem, porque são coisas que eu conto e elas esquecem e simplesmente não se importam, se as pessoas não valor as coisas simples porque dariam a coisas mais complicadas? e é justamente por isso que não fico mais triste comigo mesmo.

domingo, 22 de julho de 2012

E você corre, afinal a vida é tão curta.

Meus melhores sonhos acabam pela metade, então nunca sei o que acontece ao final das coisas, os finais me assustam mais que qualquer coisa. Nunca sei o que vem depois do final, o que acontece depois do final do Jogos de video game? os personagens vão aonde? acabou-se a aventura? penso a mesma coisa sobre a vida.. depois do final, o gran finale transmitido ao vivo direto para a sua TV, as melhores cenas em câmera lenta mostrando os detalhes importantes que você perdeu, e se pudesse voltar? mas não pode. E se pudesse fugir ou correr? mas não pode, e isso te tortura até o fim. Finais com certeza são a parte mais difícil de qualquer coisa que você faça, talvez nesse mesmo dia da minha morte, se eu pudesse finalmente ver minha vida como em um filme em preto e branco frisando os melhores momentos e os piores erros que ja cometi, com certeza levantaria da cadeira do cinema e iria embora antes do final. A questão principal não é o final mas sim o que acontece depois, tem os créditos? cenas extras? continuação? sala vazia e criticas na contra-capa do jornal de segunda? tantas perguntas que nem eu mesmo posso responder. Outra coisa: odeio perguntas, me fazem duvidar de tudo que acredito, ja não acredito em muita coisa e ai as perguntas acabam com o resto que acredito. "E se" "talvez" "eu acho.." isso não me serve, não cabe no meu vocabulário, odeio suposições ou questionamentos sobre minhas certezas, tudo bem eu confesso que sim sou questionar sobre as coisas dos outros, curioso e teimoso sobre o que os outros acreditam ou confiam, mas é por pura falta de opção. Voltando aos finais: acho que o texto acabou.


"Gran finale, ultima cena... transmitido pelas antenas: a morte do toureiro."
-Engenheiros do Hawaii

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Let it be

     Tive um sonho que parecia aqueles filmes franceses do século passado, com borrões na tela e áudio terrivelmente prejudicado, o conteúdo do sonho era de fato bom, apesar de não lembrar quase nada do mesmo. Tinha uma Mulher parada perto de uma ponte meio vermelha puxando para bordô, cor estranhamente melancólica ou até mesmo triste. Que seja isso não importa tanto, tinha também um poste de luz amarela e caia uma garoa fina e chata, daquelas que a gente só gosta nos domingos em que ficamos comendo pipoca e vendo algum filme de comédia romântica, daqueles tipos que idealizamos para acontecer na nossa vida. Não tinha vento, não tinha sons de carros. A mulher segurava consigo um punhado de cartas de cor amarelada, segurava contra o peito e olhava para o rio que cortava a ponte ao meio. Fiquei olhando sem interesse algum a mulher e seus movimentos. Assim como as tempestades que se formam do nada em tardes de verão, a mulher largou o guarda-chuva e segurou o bolo de cartas com as duas mão, colocou toda a força que tinha nos braços pequenos e fracos e arremessou as cartas no rio, no meio do trajeto a pequena e fraca fita que segurava todas as cartas se arrebentou, e as cartas voaram ao vento caindo aos poucos no rio. Pareciam pássaros livres por momentos de total solidão. A mulher agachou-se e pegou seu guarda-chuva, deu um pequeno sorriso com o canto da boca, talvez feliz por ter se livrado de todos essas cartas, não se sabe se as cartas eram de amor ou se eram contas de bancos, talvez fossem até fotos em envelopes. Mas de uma coisa eu tive certeza nesse sonho: a mulher parecia limpa, sem lembranças e sem sentimentos, em estado completo de liberdade. A mulher olhou em volta para ter certeza que ninguém estragaria o momento perfeito dela, quando teve certeza de que estava totalmente sozinha largou o guarda-chuva mais uma vez para nunca mais pego-lo, subiu no pequeno murinho da ponte e se lançou igual as cartas, em um pulo de total desespero. A liberdade em fim terminara, ou por outro ponto de vista... acabara de começar.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Das histórias que eu não conto pra ninguém.

Das histórias que eu não conto pra ninguém, a do nosso futuro é a minha favorita. Talvez por que não demorará para acontecer, ou talvez pela certeza absurda que tenho disso. Acordar naquelas manhãs de sábados chuvosos de pijamas, acordar na cama bagunçada com lençóis brancos, o sol bate no seu rosto e você sorri. Acordar com barulhos de passos de pés pequenos correndo pela casa, a porta abre devagar e um garotinho de olhos azuis e cabelo castanho bagunçado, pijama com um monte de desenhos aleatórios olha pela fresta da porta entreaberta, só pra ver se estamos acordados, ele corre e pula na nossa cama "pai, mãe.. vamos ver desenhos!?". Vocês se cobrem com as cobertas cor de sonho enquanto eu arrumo café, bolachas e iogurtes, café preto e café com leite. Tomamos café na cama nos sabados de manhã de chuva olhando desenhos e conversando sobre qualquer coisa que pintar na nossa imaginação, ja que o céu não pintou no céu naquela manhã. Vamos olhar pela janela e ficar adiando a saida da cama a cada novos vinte ou trinta minutos, quem se importa? é sabado! é a nossa família, somos nós. Nas manhãs de domingo vou acordar e ver o sol contra o seu rosto, talvez eu não te acorde logo em seguida, eu gosto de ver você dormir igual criança, o sol entra devagar pela janela que esqueço sempre de concertar e ilumina seu rosto, não queria admitir mas não concerto a bendita janela por isso mesmo, é o angulo exato. Você vai me olhar e não vai levantar o rosto, vai ficar deitada, fecha os olhos e vai me dar um daqueles sorrisos bobos pelos quais me apaixonei anos antes, e ainda me apaixonam hoje. Mesmo com os olhos sonolentos e o cabelo uma bagunça, mesmo com a roupa amassada e com a preguiça matinal, meu amor.. você será a garota mais bonita do Mundo. Não precisamos de pressa, afinal hoje é domingo, a sessão de cinema começa só as oito horas, eu te empresto um par de meias e andamos mais ligeiros pra pegar pipoca antes. Depois é segunda, mas outra vez... quem se importa? de segunda a segunda, ainda seremos uma família, ainda seremos nós.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Uma alma sob tensão que está aprendendo a voar

"(...) Através das nuvens eu vejo minha sombra voar
No canto do meu olho lacrimejante
Um sonho não ameaçado pela luz da manhã
Poderia soprar essa alma pelo telhado a noite (...)"
                                                         Learning to fly - Pink Floyd

    Ontem lá perto das 23h e lá vai pedra, eu coloquei algumas musicas para tocar, a banda que caiu em ordem aleatória foi Pink Floyd, apesar da banda não existir mais, Roger Waters continua fazendo show's pelo mundo. Nunca tinha pensando qual seria minha musica favorita da banda, a maioria dos fãs sempre gostou de Wish you were here. Eu gosto muito dessa musica mas não é minha favorita, lembro que a primeira musica que ouvi do Pink Floyd foi mother do disco The Wall eu achei a musica realmente uma porcaria, sem sentido algum. Deixei passar os dias e comentaram novamente dessa banda na escola ou em qualquer outro lugar, então percebi que a musica sozinha não fazia sentido algum, mas se ouvisse o disco inteiro ela se encaixava perfeitamente, sendo a coisa mais obvia do planeta. Acredito que quase tudo em nossas vidas separadamente vira uma porcaria sem sentido, então você ver o problema ou seja lá o que for como um todo, e pronto, a solução é tão obvia quanto não andar descalço no piso frio. Mas voltando ao assunto da minha musica favorita do Pink Floyd, acredito que é Learning to fly. Não só pela melodia ou a letra, mas o nome sempre me chamou muita atenção, "aprendendo a voar" é o sonho mais sonhado do ser humano, por isso temos aviões, mas mesmo os aviões tão rápidos e confortáveis, não se igualam a asas de verdade. Queria voar com asas de pássaros.


"(...) Uma alma sob tensão que está aprendendo a voar
Aterrado pelas condições mas determinado a tentar
Não consigo tirar os meus olhos dos céus que rodam (...)"


     Sou uma alma que nunca aprendeu a voar, por que de certa forma estou preso dentro de um corpo com capacidades bem limitadas, apesar de não poder voar, eu posso sonhar ou apenas "olhar os céus que rodam" como se estivesse caindo, assim como a noite cai de alturas impossíveis. Mas veja só, me perdi falando sobre asas, voar, Pink Floyd, musica favorita. Outra musica do Pink Floyd que faz parte do primeiro disco que ouvi é Goodbye blue sky. Essa musica não fala tanto de voar, mas apenas de cair, afinal almas que não aprender a voar caem.. talvez até o inferno, talvez não. Talvez só as almas boas consigam aprender a voar para chegar ao céu, o problema é: e se você não consegue voar alto o bastante pra chegar até o céu?

"(...) Gelo se forma sobre as pontas de minhas asas
estou caindo como uma alma suja (...)"

sábado, 19 de maio de 2012

Sob um céu de Blues

Eu não gostava de tardes de quarta-feira, nem de Jack Johnson ou perfumes doces. Mas ai então, eu comecei a gostar de numeros pares.

     Eu fechei os olhos tentando imaginar até quando no meu futuro eu podia ver, aos meus olhos sombra e solidão nunca foram problemas, eu gostava de fazer as coisas sozinho, gostava de jogar video-game sozinho e de caminhar também, gostava de ouvir minhas musicas sozinho e de planejar coisas que só eu faria, mas toda essa besteira de fazer tudo sempre sozinho ia mudar naquela tarde de quarta-feira, estava calor era verão, ao mesmo tempo não fazia muitos dia que passara o nosso "natal tropical" eu tinha conhecido uma garota que eu ja conhecia, convidei ela pra sair pensando que talvez não desse em nada, não me levem a mal, mas era sempre assim.. as pessoas me conheciam e não dava em nada. Então combinamos 15h30 da tarde nos encontraríamos em uns bancos que ficam na praça central da cidade, embaixo de uma arvore em forma de guarda-chuva, depois que acontecesse toda a história indo para casa eu peculiarmente lembraria da frase de uma musica do Paralamas do Sucesso "não há guarda-chuva contra o amor" mas isso é mais para o fim da história, cheguei no lugar marcada e nada da tal garota, passou-se cinco minutos e nada, mais quinze minutos e nada, derrepente eis que escuto meu celular tocar, uma mensagem: "estou quase aí." O que? a garota ja estava atrasada, admito que sou meio chato nessa questão de horário, eu fiquei um bom tempo sentado naquele banco, o vento batia e rebatia forte em tudo que estava na sua frente, então a tal garota apareceu, vocês nunca vão entender como eu me senti, ela era pequena mas com um sorriso incrível, brilhava. O sorriso dela me fez sorri, eu gosto de pensar até hoje que ela não notou meu sorriso idiota por ter visto ela chegando, me deixa mais confortável pensando assim, mas cá entre nós. Estava estampado no meu rosto um sorriso totalmente idiota, já os olhos dela eram de um azul parecido com o do céu, ela se aproximou e eu tive que respirar bem fundo e tomar coragem para começar a conversar "oi.." ela disse, com uma voz de anjo que acabara de acordar de um sono nas nuvens, "oiei" eu respondi atrapalhado, misturei oi, ei, eai tudo junto, ela sorriu, acho que deu certo.. "então..." ela falou, tentando puxar assunto, mas dava pra notar que estava mais perdida e sem jeito que eu, "ah sei lá, tudo bem?" e então assim ficamos por um bom tempo, com conversas clichês, aquelas que se começa para se ter intimidade. Depois de uma meia hora de conversas ja falávamos sobre duendes vestidos de papai noel, e muitas outras besteiras que por incrível que pareça, eu só me sentia a vontade pra falar com ela. Ela me contou das coisas do passado, falou da família engraçada que tinha, me contou das bandas que mais gostava e de como queria ir em show's, e a cada nova história que a garota dos olhos azuis me contava, mais eu gostava de ouvi-lá falar, de algum modo eu soube que essas histórias não eram histórias que ela contava a qualquer um, tinha que se merecer cada palavras, eu ria com ela, e dava minha opinião, as vezes opinião séria, mas quase em todas brincando e falando qualquer besteira só para ouvir ela rir, a risada dela era um tanto engraçada, ela me fazia rir. Então em um silêncio repentino eu não soube o que fazer, as palavras faltaram aos dois e sorrimos, de alguma maneira eu descobri que aquele momento era a minha unica chance, a hora do beijo. Eu me aproximei dela, seu perfume doce me envolvia em algo que eu não podia e nem queria sair, nunca fui fã de perfumes doces, nem mesmo gostava de muitos perfumes, mas o perfume dela, era como se fosse o melhor cheiro do mundo. então nos olhamos por um segundo e eu peguei a sua mão, o vento ainda estava forte então tirei o cabelo dos seus olhos, sorrimos denovo, dessa vez seus olhos azuis estavam mais perto dos meus castanhos. chegamos mais perto e os olhos se fecharam. Meu coração bateu mais rapido e então na hora exata começou a tocar uma musica no pavilhão de eventos que ficava próximo, deviam estar testando equipamento de som, "you and your heart" do Jack Johnson começou  a tocar, esse nem era um dos meus músicos preferidos, nem mesmo me importava as musicas dele, então essa musica começou a tocar no meu coração o resto da semana. A verdade era que eu não gostava de tardes de quarta-feira, nem de Jack Johnson ou perfumes doces. Mas ai então, eu comecei a gostar de numeros pares.



sexta-feira, 4 de maio de 2012

Quebra o silêncio e parte o coração

"(...) Não há nada de concreto entre nossos lábios
Só um muro de batom e frases sem fim
É que tudo se divide todos se separam
Uma república no pampa com pompa e circunstância
Um muro nos divide uma grade nos separa. (...)"

     Por fim terminei o livro que estava lendo, depois de quase 3 semanas de leitura eu terminei.. O Hobbit, claro que não vou fazer merchandising* do livro aqui. Mas recomendo ele, é uma espécie de prólogo de senhor dos anéis, que conta como senhor Bilbo o bolseiro, doze anões e um mago adquirem o anel do poder. Mas o que me chamou mais atenção no livro foi a forma em que o senhor Bolseiro rouba honestamente, em todas as ocasiões que ele roubou foi por sobrevivência, ou um pedaço de pão, ou uma taça de vinho. (Já que o anel foi ganho em um jogo de adivinhas e não foi de fato roubado) Mas o que tentei transferir para o Mundo onde vivo é que, quantas pessoas roubam honestamente. Na verdade acho que esse é o problema, as pessoas não roubam as coisas certas. Por favor, deixe-me explicar. Roube um beijo, roube um abraço, roube um suspiro ou um sorriso, tanto faz. As pessoas estão se dividindo entre elas mesmas, não é difícil reparar, em escolas, na rua, de todos os tipo.. dividem por cabelo, roupa, gosto e depois falam que odeio matemática, mas passam a vida dividindo em vez de somar. Ironia nada agradável. 

"(...) Há espaço pra todos há um imenso vazio
Nesse espelho quebrado por alguém que partiu
A noite cai de alturas impossíveis
E quebra o silêncio e parte o coração. (...)"

     Não sei bem porque, mas enquanto pensava no que escrever essa semana, a musica Alivio Imediado dos Engenheiros do Hawaii e o livro O Hobbit vieram ao meu pensamento. E por que não misturar tudo? Outro grande problema: por que não misturar tudo? acabo de notar que ando vendo problema em tudo. Em fim, por que temos que ficar tão distantes, se eu vejo aos montes em redes sociais mensagens de todos os tipos para que todos fiquem juntos. Eu acho tão estranho que todos tenham os mesmos sonhos e que os sonhos nunca virem realidade, não sei bem ao certo, talvez seja como aquela expressão: "a verdade a ver navios" seja como for, talvez as coisas mudem e as pessoas parem de levantar muros e grades para se separarem. Chego ao final com um apelo silêncio.. que os muros e as grades caiam.


*merchandising - Propaganda, divulgação.. etc

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Adeus céu azul.

"(...) O que eu mais vou sentir falta é o vento em meu rosto..
        Talvez o barulho dos carros e as risadas altas da cidade (...)"
                                        — Minha carta de Suicídio.

   Há mais ou menos quatro ou cinco meses atrás eu escrevi uma carta, não era de saudade nem de amor, não era para algum amigo nem para uma garota que eu gostava. Essa carta era para todo Mundo e para ninguém, na carta eu me despedia e sentia culpa, eu pedia desculpas por tudo o que ja fiz, e agradecia todos os sorriso que as pessoas fizeram aparecer no meu rosto, na carta eu dizia que ja não era mais criança e que meus sonhos também dançam com monstros de um filme japonês. Tudo o que eu tinha cabia dentro do coração, talvez. Na carta eu não tinha mais muitos dias, pra falar a verdade só tinha mais aquele, e assim que o sol fosse embora, eu iria junto.. só que não voltaria no outro dia de manhã. Eu não iria embora para algum lugar onde eu pudesse ver pessoas ou eu pudesse ligar ou entrar na internet.. se é que vocês me entendem.

"(...) Pássaros são as coisas que eu mais admiro, não sei por que,
    mas quando voam parecem mais livres do que jamais pensei que um dia seria (...)"

   Falaram para manter a calma, disseram que os dias se renovam, mas o que eu queria mesmo era voar, mas é uma pena que eu tenha medo de altura, minha carta cheia de frases que ninguém leria em voz alta foi totalmente escrita pela minha caneta da sorte, é claro que a caneta não era sortuda, eu apenas gostava muito dela, mas isso não interessava mais, eu sentia que estava quebrando as correntes que me impedem de voar. Cartas de suicídio são tão clichês quanto "era um vez..." mas ainda sim, elas precisam ser escritas, todo o suicida acredita em vida após a morte. Eu não ligo se você achar que não pode voar, mas não quero que quebrem minhas asas, todos temos asas mas não somos anjos, as penas queimam mas o inferno está fechado e o céu está lotado.. As vezes ainda sinto raiva, as vezes sinto medo, as vezes não sinto nada, as vezes sinto tudo de uma só vez e são nesses dias de silêncio mais profundo que eu preciso ser vigiado por mim mesmo, aquela idéia de morte tão atraente e tão perto está agora um pouco longe, mas não esquecida.. e todos os dias que repito a ultima frase da minha carta

"(...) Hoje.. é meu ultimo dia de vida... denovo."

sexta-feira, 13 de abril de 2012

sem titulo, sem nada.

Ontem eu caminhei por algumas ruas atrás de coisas que eu sabia que não acharia, eu procurei achar estrelas de dia, e o sol de noite, eu queria ver o mar no meio da cidade, eu queria saber pra onde vão os pássaros, eu queria ver pessoas boas, eu queria achar a razão pra essa minha tristeza no coração. Não entendo, o dia está tão bonito e o vento sopra as minhas canções favoritas mas.. não consigo sorrir. Eu vi as nuvens se fechando diante aos meus pensamentos, eu sabia que viria o temporal e sabia como sobreviver, mas só está chovendo e nunca para, mesmo nesse dia de sol a chuva ainda cai dentro de mim e minha pele está fria, meus olhos estão fechando e eu sinto que a tempestade não vai ir embora. Eu pensei que os ventos que trazem os melhores perfume fariam a tempestade ir embora..