terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

a diferença é o que temos em comum.

em alguma noite da semana passa eu tive um sonho que não havia me lembrado até poucos minutos atrás, não foi o meu melhor sonho mas com certeza foi um dos meus sonhos mais puros, havia cercas brancas e um balanço no final do jardim, havia margaridas e um lençol pendurado no varal, havia uma casa aberta mas não tive coragem de bater, não tive coragem de chegar, eu olhei e era dia, tinha a grama toda verde, a rua tinha uma calçada totalmente bem cuidada e limpa, nela havia algumas arvores para fazer sombra para as pessoas que deviam passar ali, mas quando notei estava sozinho então eu corri, corri duas ou três ruas até chegar em frente a outra casa, assustadoramente perfeita também, exatamente igual, balanço, grama, lençol, calçada, sombra, cerca. quando virei o rosto todas as casas eram assim. Me senti perdido em meio tanta igualdade, mesma tonalidade de cor em cada casa, mesma altura de grama, mesmo tamanho de casas e jardins, mesmas flores e o mesmo e velho silêncio que eu ja conheço de outros carnavais com outras fantasias.. o mesmo silêncio que ja foi meu melhor amigo e meu inimigo mais cruel, quando resolvi caminhas mais para a frente em uma das milhares de arvores iguais havia um bilhete escrito em folha velha, amarelada pelo tempo.. nele dizia "bem vindo as ruas do paraíso..."e mais no fim do bilhete em uma letra pequena e mais feia "...nunca tente voltar" eu sorri e olhei ao céu tentando entender mas ele era azul sem nuvens, a ultima linha me deu uma vontade incontrolável de voltar, de deixar o perfeito silêncio do paraíso e voltar, eu sempre pensei que o paraíso fosse o melhor lugar do mundo, mas era quieto e tudo era irritantemente igual a tudo, então corri pelo mesmo caminho que vim, quando cheguei no final só havia um buraco, um abismo, um final de tudo. quando olhei pra trás não havia nada além de casas perfeitamente iguais e silêncio, então cai... nunca pensei em como os anjos caiam do céu, ou as almas saiam do paraíso, mas se fosse pelo meu sonho seria uma queda no minimo linda.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Let it Be

Hoje amanheceu meio frio, meio sem sol, meio sem você. Eu sentei na cama devagar e fiquei olhando para a parede por muito tempo, então coloquei minha camisa e sai de casa, eu andei pelo caminho mais longo apenas olhando, para qualquer coisa que estivesse na rua, eu vi o sol nascer e dar bom dia aos poucos, eu vi os carros sempre tão rápidos, vão e vem mais rápidos que as batidas do meu coração, hoje eu acordei tentando dormir pra sonhar com você, hoje eu pensei em te ligar de manhã cedo, apenas pra ouvir sua voz, apenas pra dizer "ei meu anjo, tenha um bom dia" mas decidi guardar isso para quando nos encontrarmos, por que eu gosto de nós, gosto mais de nós juntos do que separados, gosto de nós jogamos, enrolados, abraçados, agarrados no sofá, gosto de fechar os olhos quando estou com você, por que enxergo melhor seu coração batendo, por que eu sinto melhor as coisas que queremos dizer um ao outro. Por que quando você me abraça o meu mundo gira devagar, por que eu as vezes passo tanto tempo no seu mundo que nem quero voltar para o meu, gosto de ouvir coisas sobre você, sobre o que você gosta, sobre o que não gosta, tudo me interessa.. desde da sua banda favorita até o que planeja pra daqui a dez anos. Quando voltei para casa eu estava perdido entre pensamentos, entre muitas coisas que rodeiam minha cabeça o tempo todo, eu não lembro em qual momento mas sei que ouvi nossa musica tocando, talvez em um radio de carro, ou ao fundo de uma loja de roupas, e a cada nota da musica era um beijo que eu me lembrava, e eu as vezes revivo nosso primeiro beijo, eu fecho os olhos e me concentro até me transportar para aquele dia de vento, sol, perfumes, e sorrisos. parece que foi ontem.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

não olhe agora para o céu

Não para de chover, não é uma coisa que eu tenha que me preocupar por que não preciso sair, mas penso em como a chuva é linda, vem e vai embora e ninguém a nota. Talvez seja assim mesmo, até com as pessoas, pessoas bonitas de sentimentos vem e vão e ninguém nota, eu nunca tinha pensando muito nisso tudo, e confesso que me assusta a idéia de quem para algumas pessoas tudo passa como um borrão, eu não ligo se você quer viver sua vida correndo e com muito dinheiro, mas eu queria que as pessoas parassem 5 minutos suas vidas apenas pra ficar paradas no mesmo lugar apenas olhando para alguma coisa, pode se aprender muito. Todos os dias milhares de pessoas caminham pela grande Porto Alegre e ninguém repara os prédios cinzas e gigantes, verdadeiros titãs de concretos, eles apenas estão la por estar para muitas pessoas, milhares de pessoas cortam os parques para ganhar tempo e encurtar caminho mas nenhuma delas para para olhar a grama, ou sentar nos bancos, não tem problema nenhum se você discorda ou acha que é mentira, mas por favor não me acuse de ser alguém idiota, a minha vida é tão confusa quanto a America central, eu vejo o horizonte tremulo, eu tenho os olhos úmidos, eu posso ta completamente errado sobre todas as coisas, eu podia ta correndo para o lado errado. então vamos fazer um acordo, você pode fechar o meu blog se eu ficar muito abstrato.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Penny Lane

Hoje meu dia foi caminhar pela cidade, não é algo importante mas percebi que é melhor que qualquer outra coisa que se possa fazer pra pensar, enquanto voltava no fim do dia por qualquer rua, não pude deixar de notar a conversa de duas garotas logo a minha frente, eu estava prestando atenção em quase nada quando ouvi a garota mais alta falar "não aguento mais aquela guria entrando no meu face, mandando convite" então a segunda garota um pouco mais baixa responde "ela é uma chata, sempre mexendo aonde não deve" não sei por que mas aquelas frases ficaram na minha cabeça, fiquei então pensando em como é banal e clichê a vida daquelas garotas, pensei em como elas não se interessam por nada mais além de coisinhas idiotas, quando dei por mim eu estava pensando em coisas que não eram minhas, então virei a primeira esquina que vi e me distanciei das garotas, novamente sozinho caminhando pela rua totalmente vazia, em quase todos os quintais havia um grama bem aparada e um casal tomando chimarrão, enquanto eu caminhava eu apenas deixava minha mente correr através de memórias boas e ruins, dei uma olhada nas coisas do ano passado, revisei assuntos antigos, mas quando dava por mim novamente não estava pensando em nada mais, na rua de asfalto o único som que eu conseguia ouvir era os dos meus passos, um atrás do outro em um ritmo quase perfeito, na minha cabeça ecoava sem parar a musica "Penny Lane" dos Beatles, sempre o mesmo refrão que fala "Então Penny Lane está nos meus ouvidos e nos meus olhos Lá embaixo do céu azul suburbano" a mesma musica que me lembra uma amiga, que não vem ao caso, sem sentido o refrão continuava a tocar, como se eu pudesse realmente ouvir a musica, quando decidi olhar para o alto e notei que ja estava em casa, foi o fim da minha viajem de trinta minutos, bem vindo a vida real.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Campos de Morango Para sempre.

Hoje eu acordei com sono ou sem vontade de acordar, olhei o relógio e os ponteiros se arrastavam, se puxavam e tropeçavam neles mesmos, no radio hora certa, crimes, futebol e religião. Já faz muito tempo desde que eu aprendi que nunca vou aprender tudo, e tudo o que sei é pouco comparado ao que tenho que saber, mas algo me diz que esse ano, esses dias de inverno vão ser bons, talvez não pelo frio que vem ai, ou as noites de musica calma e café, nem pelas caminhadas na rua ou abraços pra esquentar, no inverno eu fico mais perto de mim, com mais calor meu eu consigo pensar melhor e separar as coisas, não tão longe que eu não posso ver e nem tão perto que eu ja possa tocar, sempre pensei melhor na minha vida no inverno, não sei dizer mas durante o frio e a tempestade minha cabeça e coração funcionam melhor, no caos me sinto mais a vontade, a tempestade é o meu elemento, do frio ao vinho, violão e sol pra aquecer a pele é o que me faz completo, mas agora eu ja nem tomo mais conta do meu coração, tem alguém que faz isso por mim, mas voltando ao assunto do inverno, eu não sei o que esperar, na verdade o inverno pra mim é igual ao amor, do amor pouco sei e quase tudo espero, assim como um filme sem roteiro ou uma passagem sem destino eu penso que o inverno sempre traz os sorrisos mais bonitos.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

passagem de embarque.

Isso não é o que se pode chamar de uma história real, mas não importa é vida, as vezes acordo de madrugada vindo de outro planeta e me sinto só. Mas não é sobre isso que quero falar, diferente da maioria das pessoas meu primeiro grande amor nem sabe que eu existo, ela não sabe o tom da minha voz e nem a cor dos meus olhos, ela nunca me beijou ou sequer chegou perto de mim. Eu lembro que era outono, eu amo os outonos em Porto Alegre, a cidade cresce e o dia fica cada vez menor, tem as folhas e os senhores com violões no parque, eu tinha acabado de chegar, tinha que pegar o metrô para ir a casa dos meus avós na zone leste, estava frio e comprei um café antes de embarcar, eu nunca me importei com pessoas que andavam de metrô comigo, além de mendigos pedindo dinheiro tinha mulheres que falavam realmente alto entre elas, havia homens de terno e grava, outros com bagagens enormes, mas eu carregava só uma mochila e um casaco. Me sentei em um banco no canto do vagão, quando olhei para frente la estava ela, eu não sei dizer seu nome, até por que eu nunca soube, eu não sei sua cor favorita, sem tem irmão ou irmã, se tinha emprego se estudava, eu não sabia dos seus sonhos, dos seus medos ou de qualquer coisa do seu passado, eu só sabia que ela era linda.eu fiquei la olhando pra ela, pela janela edifícios cinzas corriam em câmera lenta, tinha os muros da cidade que falavam alto demais coisas que eu nunca consegui escutar, sempre que lembro desse dia eu penso em como o coração é bobo, não sei quanto tempo se passou, mas derrepente o metrô parou, eu olhei assustado pensando em falar com ela, mas a porta se abriu e entrou algumas pessoas não consegui ver, e quando tudo ficou normal eu vi ela do lado de fora, eu fiquei acompanhando ela pela janela até aonde a visão alcançava, foi quando eu a vi correr para os braços de um outro cara, eu não entendi o que sentia naquele momento, junto com meu primeiro grande amor, veio meu primeiro coração partido.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

ultimamente ando mais sorridente do que nunca, eu sei parece banal por que sempre to falando disso, mas pela primeira vez eu consegui convencer até a mim mesmo que sou feliz, por que de fato sou. Não tenho idéia em que esquina meus medos ficaram pra trás, não sei em que virada de madrugada eu deixei de me preocupar, sei que a bagagem está mais leve e mais simples.. eu passo um tempo olhando as estrelas e pensando, mas minha mente anda tão vaga e focalizada em uma só pessoa, ultimamente eu tenho vivido melhor, eu parei de tomar tanto café, comecei a pensar coisas positivas e olhar pro futuro, pra um futuro que não é mais só meu, e sim que é nosso. Antes eu olhava para o chão ao caminhar, cuidando pra não cair, agora olho para o céu tentando voar, olho pro relógio e as horas não passam, se arrastam e agarram e os ponteiros não se mexem, mas se derrepente eu encontro você, as horas começam a se contar de duas em duas, os minutos são o total de trinta segundos, é essa sensação, nenhum tempo parece ser suficiente.. é meio que sempre difícil deixar você ir, é difícil deixar você sair dos meus braços, e depois que seu perfume se abraçou em minhas camisas eu não sou mais o mesmo, ja nem me importo com quem eu era antes de você, assim como ja não lembro das estradas que passei, assim como ja não lembro das coisas ruins que vivi, como disse no inicio ando mais sorridente e agora vejo que essa minha felicidade incontrolável, que não cabe no peito tem nome e sobrenome.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

percebi que não percebo mais as coisas, tirando auto-ironia dessa frase eu falo sério, varias coisas que eu notava automaticamente antes agora são jogadas na minha cara com tamanha obviedade e eu não consigo notar, antes eu olhava para o chão cuidando pra não cair, agora olho pro céu tentando voar. eu abri meu coração como se fosse um motor, e na hora de voltar sobraram peças pelo chão, afinal de contas palavras e armas químicas tem os mesmos efeitos, por mais idiota e sem sentido que pareça isso pra você, é verdade. palavras e armas químicas destroem tudo sem piedade, sem poder voltar, sem nada do tipo, entre as poucas coisas que ando notando é que eu me perco em assuntos e troco eles sem querer, comecei falando se algo e ja mudei, entenda que não é minha culpa, é que eu falo demais, eu realmente gosto de escrever muito e falar muito, existem pelo menos cem textos em meu computador que escrevi e nunca foram para o blog, e talvez nunca serão publicados aqui, acredito que seja uma das poucas coisas que antes que ainda sejam minhas, claro além dos meus textos particulares tem também meu violão e xícaras de café, essas pequenas coisas são sempre minhas, eu vi muita gente tropeçando pela vida, mas agora ja passou, são histórias esquecidas. eu to sempre escrevendo cartas, para amizades antigas, revistas semanais e criticas sociais, é claro que a maioria nunca chegaram e serem colocadas nas caixas de correio, mas ainda sim é no minimo reconfortante escrever.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

All My Days

Estive pensando em todos os meus dias, você sabe.. ja fazem dezesseis anos. não consigo imaginar um começo de vida tão bom quanto a minha, quer dizer. eu nunca tive muito dinheiro, nem muitos amigos nem nada do tipo, mas eu tinha carrinhos, eu tinha um boneco do homem-aranha que eu amava, eu tinha televisão recheada de desenhos que eu gostava, eu tinha uma bola e muito coragem, eu lembro que queria ser um super-herói, queria voar, queria salvar as pessoas, ajudar elas. Quando penso em todos os meus dias eu sorrio sem parar, eu lembro dos erros que viraram acertos e vise e versa, eu lembro das tardes de outono com meu pai no parque de diversão, eu lembro dos campos do meu avô, quando penso em como foram todos os meus dias até aqui eu vejo que todos os meus dias não foram só meus, teve os amigos na estrada, teve as outras garotas de quem gostei, teve você. ainda tem você.. e quero que sempre tenha, aqui no lado escuro da lua a solidão é tão normal, eu queria falar das outras coisas que nunca foram contadas, queria falar das festas de aniversário, das risadas incontroláveis com meus amigos, queria falar das teorias bizarras, queria falar da escola.. das manhãs de sono, dos abraços no inverno, dos recreios tocando violão, todas essas coisas fazem parte de todos os meus dias.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

20h21

eu realmente odeio coisas pela metade, sempre foi assim, amores pela metade, sorrisos pela metade, isso sempre me encomoda mais do que o normal, eu gosto de coisas completas sabe, não sei o quanto isso é perigoso nos dias de hoje, mas quem sabe um dia seremos a maioria. a ultima vez que eu andei sozinho pra pensar eu cheguei a uma conclusão que me assusta, digam o que disserem mas a solidão é o mal do século, e estamos todos tão distantes divididos por nossos próprios muros de Berlim, uma vez eu conheci uma garota, isso ja faz algum tempo, ela me ensinou tudo o que eu sei, ela falou sobre estrelas, sobre beijos e sobre o amor, mas então ela se foi, e eu tive que aprender o resto sozinho, e sozinhos as coisas ficaram difíceis, ela dizia que o amor era coisa boa que não machuca, que era pra sempre, então hoje eu vejo que não tínhamos amor.. é engraçado e você pode rir de mim, mas preciso dizer. Eu vejo o amor mais como uma amizade superior a de "melhores amigos" eu sempre achei que amor é mais do que beijos e contatos físicos, sempre achei que tinha a parte dos sorrisos, das palavras, das flores, sempre achei que o amor era dividir segredos, medos, sonhos e o futuro, sempre achei que amor era poder confiar de olhos fechados sem direção. e de fato preciso confessar que ainda acho isso, talvez você discorde, eu não quero te vender meu ponto de vista nem nada do tipo, talvez essa seja o grande segredo, talvez o amor seja diferente pra cada pessoa, vai saber, como se fossem portais um pra cada dimensão que leva aos seus próprios sonhos, odeio ter que pensar em finais por isso eu parei de pensar e comecei só a sentir..

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Papéis no balcão.

Hoje mais cedo, enquanto tomava um café na lanchonete onde trabalho, não pude deixar de notar uma mulher. Não por seus cabelos loiros ou sua altura inconfundível ou qualquer outro aspecto físico, a moça devia ter seus 26 anos, mas o que mais me chamou atenção foi o que ela fazia enquanto tomava uma xícara de café, ela tinha nas mãos uma caneta e no balcão outra, e alguns papéis.. quando passei por ela para pegar o açúcar eu olhei para os papéis na mesa e se tratava de folhas de cartas, não sei bem mas a moça escrevia com uma força enorme, deixando bem marcada algumas palavras e repassando a caneta em outras palavras, consegui ler nitidamente a palavra "Saudades" e mais algumas coisas em comum, no meu outro lado havia um homem, ele era bem mais velho que eu ou a moça, beirava seu 40 anos, ele tinha um óculos e cabelos castanhos um pouco compridos, ele tinha um livro em cima do balcão e algumas folhas, o livro entre olhadas e mais olhadas deduzi que se chamava "dom quixote" que por acaso é meu livro favorito, mas em fim, o homem escrevia e re-escrevia na folha varias vezes, sempre que terminava um paragrafo sorria, olhava pela janela e tomava outro gole do café, comecei a pensar em que era também pra alguém que estava longe, diferente da mulher o homem escrevia com uma calma e felicidade enorme, a mulher escrevia como se fosse morrer, como se a saudade fosse mata-la, já o homem escrevia com a calma de quem sabe que vai re-ver quem quer que ele esteja esperando. Foi então que eu reparei que eu devia ver como escrevo, por mais que pensei nisso não consegui chegar a uma conclusão que me agrada, as vezes escrevo com piedade que não tenho, as vezes escrevo com a raiva e força de alguém que sabe o que quer e não vai se perder, as vezes escrevo confusões e tornados em folhas velhas, as vezes escrevo contra o tempo e outras com o tempo. Mas em fim, no final olhei o relógio e ja era a minha hora, passei pela mulher mais uma vez para ir em direção a porta, e quando olhei os papéis novamente vi bem forte a frase.. "eu te amo, como sempre amei..." isso me fez sorrir espontaneamente e com alegria no coração, mesmo não sabendo pra quem era, mesmo não sabendo quem era a mulher, se era casada, namorada, amiga ou amante de alguém, mesmo não sabendo se ela tinha família ou um emprego ou qualquer dessas coisas.. a unica coisa que eu sabia daquela mulher era que ela realmente amava alguém..