Finais são difíceis.

Ela passou a mão no cabelo, e sorriu sem humor algum pro céu, talvez um tom de ironia em seu sorriso, ela pensou em muita coisa todas ao mesmo tempo, lembranças, toques, perfumes, como em uma explosão de sentimentos, quando deu por si, uma lagrima denunciadora escorreu pelo rosto, até acabar no queixo, ela sentiu o vento que vinha do norte e as folhas que vinham juntas, "Talvez ele peça desculpas" ela murmurou pra si mesma, ela era uma péssima mentirosa, e não conseguiu se enganar, nada seria como antes, as palavras os gestos os sorrisos frágeis como porcelana, ela sentiu mais duas lagrimas escorrerem pela sua bochecha, então olhou pra cima, as nuvens que passavam eram soltas e rápidas, Livres era a palavra certa, elas brincavam umas com as outras, se desmanchando em desenhos variados. "como pode doer tanto?" ela perguntou a si mesma, sem saber a resposta, os olhos vazios, sem amor, sem alma, uma garota linda, muitos ja disseram isso a ela, mas ela não do jeito certo, o sorriso dela era iluminado, talvez a coisa mais linda do mundo fosse seu sorriso, se não fosse pelos olhos castanhos cheios de vida, cheios de esperanças, ela lembrava de casa palavra que ele disse, como em uma fita, como em um filme repetido na sessão da tarde, e eram como flechas em seu coração, "talvez, eu não nasci pra ser feliz não é?" ela perguntou para os bancos de praça vazios ao seu lado, mas eles nada disseram, ninguém nunca respondeu isso a ela,