Mais um dia por aqui, mais uma noite sem dormir , Mais uma briga e outra confusão no bar , Um Tiro e lá se vai estilhaçada , Outra vidraça pelo ar, Um vagabundo com uma bala na cabeça , Olhando fixo pra baixo, nunca mais vai perturbar, E esse cheiro insuportável de carniça , Onde quer que a gente vá, Eu era ainda bem moleque quando ouvia umas histórias , Muito boas que meu pai vinha contar , Sobre todos os 26 estados , Que ele não podia atravessar. De quando ele fugiu da Califórnia , Reto no deserto àté o Rio , E a polícia que o caçava nunca soube , Como foi que ele sumiu, Mais uma noite por aqui inebriada pelas luzes , Que iluminam a portaria dos bordéis , E pela rua todo tipo de suspeito, No entra e sai dos cabarés, Aquela paz inabalada do deserto , Toda noite interrompida pelos tiros de canhão, À cada taça levantada, à cada brinde, À cada comemoração,, Mais um dia que começa e outra noite que se acaba , E mais um monte de bebum pra carregar , E como, sempre só uns quatro ou cinco , Ainda conseguem caminhar, E até o velho fundador dessa cidade, Aquele derrubado logo ali , É orgulhoso de saber que este foi , Só mais um dia por aqui.
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